terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Carta a um amigo I - 19/01/2010

Meu caro,

Há quanto tempo... Tempo. Tempos.  Estranhos, não?
Lembro-me de minha infância, quando as coisas pareciam tão simples... Tudo é tão complicado agora. A vida está oprimida e massacrada por regras criadas pelos homens. A Natureza está rebelada por danos causados pelos homens. Eu e você e os nossos estamos inseridos nesse caos. Jamais me perguntaram se era nesse mundo que eu queria viver! Pelo menos, que eu me lembre.
Esse terremoto... Triste. A gente fica com culpa de sorrir, não é?
Um conhecido morreu ontem. Trinta e três anos. Câncer no cérebro. Triste pelos pais. A vida deveria seguir seu curso normal: os mais velhos morrem antes dos mais novos...
De resto, vamos levando...
A cada dia me sinto mais estanho nesse mundo... A cada dia estranho mais as pessoas. Melhor me calar.
Bem, daqui a pouco alguém vai reclamar que estou falando pouco. E, depois reclamarão que falo muito. não basta ser bom. Não basta ser competente. Não basta ser trabalhador dedicado. É preciso adivinhar o que as pessoas querem que você faça, simplesmente porque elas acham que podem. Coitadas.

Abraço.