quarta-feira, 4 de abril de 2012

A energia da tolice.

Escrevo essas linhas, admito, com o pensamento conturbado, refletindo sobre fatos vividos recentemente. Faço aqui uma reflexão sobre atitudes, certezas, incertezas, amarguras e decepções. Muito mais, em tom de desabafo, do que qualquer outra pretensão de estar construindo conhecimento. Talvez ninguém leia. Talvez. muitos leiam. Não importa. Esse texto é meu. Para mim.
O que sabe o jovem da vida? O que ele entende por valores? O que ele entende por verdade?
Sabe. Vivi situações dicotômicas essa semana. Todas envolvendo jovens que querem de forma, absolutamente equivocadas, impor suas verdades a qualquer custo. Passando por cima de tudo e todos como um trator. 
Ideais de liberdade. Absolutamente insignificantes...Pensando sobre isso, lamento muito, quando vejo valores importantes como ética, respeito, senso crítico, objetivos e ideais de vida serem trocados por bobagens infantis e inconsequentes, levantando bandeiras da carência afetiva que sofrem porque não amadurecem... Carentes de atenção e com medo de encarar desafios verdadeiros, se escondem como crianças mimadas posando de adultos...
Triste. Em um pais como o nosso, que sofre das mais variadas mazelas (conhecidas por todos), jovens que já tem poder de votar, prestes a ingressar na universidade, acham-se no direito de atropelar a tudo e a todos, sem o menor respeito ou pudor, simplesmente para fazer valer o seu direito de forma pueril e birrenta. 
Alguns, talvez digam, são crianças... 
Discordo. Não têm mais esse direito. Depositamos o futuro de nosso pais nas mãos de uma elite intelectual que teima em não crescer. Que teima em não assumir suas responsabilidades. Que teima em se esconder do mundo com visões completamente equivocadas. Até quando?
Lógico. Não generalizo. Na verdade, sou abençoado pois, a grande maioria, nesses vinte e quatro anos de educação, tem sido motivo de orgulho. Entretanto, não posso fechar os olhos para esses que se acham no direito de dizer o que bem entende, sem medir consequências. Prejudicar de forma deliberada a outros tantos e que depois, de forma natural, pedem desculpas e acreditam que tudo está resolvido. Não. Não está. Tudo na vida tem consequências e nós, adultos, temos que arcar com elas. Nossos jovens também. A impunidade reina absoluta enquanto assistimos impassíveis a degradação do caráter, da honestidade, da família, da caridade... Estamos na era do egoísmo e da inconsequência. 
Reafirmo, nesses momentos, meu ideal de educador. Combaterei arduamente até o último de meus dias, doa a quem doer. Por meus alunos, por meus filhos e pelo meu país. Muito mais do que formar universitários, nossa missão é ensiná-los a ser gente. De bem.