domingo, 14 de agosto de 2011

Nossa origem extraterrestre


Ao falar sobre origem da vida e citar a Teoria Endossimbiótica da Dra. Lynn Margulis, publicada em 1970, no seu livro “A origem das células eucarióticas”, sempre vem a pergunta: De onde vieram cloroplastos e mitocôndrias? Seriam extraterrestres?
Bem, vamos falar um pouco sobre a questão antes de nos aprofundarmos no assunto. Acredita-se que as primeiras formas de vida surgidas na Terra tenham sido as bactérias (células procariontes, ou seja, anucleadas, sem organelas e com uma fita de DNA circular). Na teoria da Dra. Margullis ela apresenta uma hipótese para a transformação das células procariontes em eucariontes, constituintes dos demais seres vivos, incluindo a nós, seres humanos. Estas células apresentam várias organelas celulares e só conseguiram isso por conseguirem obter energia extraída de carboidratos, através da organela mitocôndria. Por sua vez, a obtenção de compostos energéticos só é possível através da fotossíntese que é realizada por cloroplastos, organelas existentes nas células eucariontes vegetais. O curioso é que mitocôndrias e cloroplastos apresentam DNA próprio, independente do DNA nuclear e podem se reproduzir independentemente da vontade da célula. Segundo a bióloga, mitocôndrias e cloroplastos teriam sido fagocitadas (englobadas) por bactérias e desenvolveram uma relação simbiótica.
Explicada a Endossimbiose, voltemos às questões iniciais. As recentes descobertas realizadas pelos cientistas da NASA, liderados pelo geoquímico Michael Callahan e publicadas ontem, (13/08/2011) pelo jornal “Folha de S. Paulo”, reforçam as suspeitas de que o DNA teve mesmo, origem extraterrestre.
Callahan e sua equipe analisaram onze amostras de meteoritos encontrados na Antártida e na Austrália e descobriram bases nitrogenadas utilizadas no DNA e também outras raríssimas no planeta, concluindo que os primeiros componentes básicos do DNA têm origem extraterrestre.
Bibliografia:
Margullis, L. Origin of Eukaryotic Cells (1970)
Garcia, R. Folha de S. Paulo Journal – Ciência pg. C13 (2011-08-13)