segunda-feira, 28 de março de 2011

Iron Maiden: A trilha sonora de uma vida.





Ver a sua frente um time de experientes instrumentistas, considerados por todos os especialistas, entre os melhores, já é garantia de diversão e boa música. Ainda mais se, além de excelentes músicos, forem também grandes compositores. Realmente teremos um bela apresentação. Entretanto, o que as cinquenta e cinco mil pessoas presentes no estádio do Morumbi, em São Paulo, presenciaram no dia 26 de março de 2011 foi muito, muito mais que isso. Aconteceu uma catarse coletiva de perfeita interação entre banda e público que só é possível a raríssimos artistas, abençoados pelos deuses da música e, mais especificamente do rock and roll. Não é a primeira vez que isto ocorre em uma apresentação destes senhores. É constante, nesses impressionantes trinta e cinco anos de carreira, despertar emoções em suas platéias ao redor do mundo. Mas, para mim, este show teve sabor especial e pude ver as cores como nunca as percebera antes. Assisti Iron Maiden diversas vezes: 92, 95, 98,... Sempre perfeitos, sempre fantásticos. Dessa vez, eu e muitos fãs que cresceram com a banda, pudemos sentir o magnífico efeito transformador que sua música provocou em nossas vidas, de forma tão intensa, tão revigorante que, em vários momentos, ao cantar com Bruce ou cantarolar as melodias de guitarra produzidas por Dave, Adrian e Janick, ou ainda, ao sentir no peito o galopante baixo de Steve e perceber as nuances inimagináveis da bateria do velho Nicko, tive que conter as lágrimas que insistiam em inundar meus olhos. Maravilhoso ver tantos e tantos jovens descobrirem o Maiden e se maravilharem com essas canções que fazem a trilha sonora de minha vida desde os treze anos de idade.
A "The Final Frontier World Tour" passou por São Paulo de forma inesquecível e, continua mundo afora. Obrigado Bruce, Steve, Dave, Adrian, Janick e Nicko. Espero poder vê-los novamente em 2012! Up the irons forever!


Set list:
Sattelite 15... The Final Frontier
El Dorado
Two Minutes to Midnight
The Talisman
Coming Home
Dance of Death
The Trooper
The Wickerman
Blood Brothers
When The Wild Wind Blows
The Evil That Men Do
Fear Of The Dark
Iron Maiden
The Number of the Beast
Hallowed Be Thy Name
Running Free



domingo, 13 de março de 2011

Um doce cheiro de liberdade




A religião, seja ela qual for, não é de Deus. As religiões foram criadas pelo homem. Nasceram a partir das culturas de cada recanto do mundo, inicialmente, com o intuito de ensinar ao ser humano como chegar até o divino. Misturada a crendices foi construindo um Deus mau, perverso e punitivo. Logo, tornou-se o que é hoje: instrumento de manipulação de massas que, juntamente com o capitalismo, escravizou a humanidade em prol dos interesses de alguns.


A partir do século XX, mais do que nunca, o modus operandi da sociedade humana, seja ela ocidental, seja ela oriental é o logos. Ser e ter se confundem de forma assustadora. A dignidade humana passa a ser medida pelo que se tem e não pelo que se é. A cultura, a intelectualidade, o enriquecimento do espírito fora relegado a um plano muito inferior. A intelectualidade está resumida ao que se vê e ao que se ouve. Não há tempo para a reflexão, para a leitura, para a filosofia, para o amor, para a troca de experiências porque é preciso ganhar dinheiro para ter, ter e ter.


Isto não é real. Como resultado, vemos hoje a calamidade instalada em nossos tempos. A natureza rebela-se para expulsar quem tanto a agrediu sob a falsa égide do desenvolvimento. Os poderosos conglomerados capitalistas lutando contra sua extinção e uma sociedade completamente destituída de valores reais. Famílias degradadas, cujos filhos mostram-se absolutamente vazios de valores morais e éticos. Pobres de espírito. Espíritos pobres por serem frutos de ignorantes sucumbidos a ilusão da posse.


A ciência se perdeu ao curvar-se ao capital e criou cientistas que ora brincam de deus, ora trabalham como burocratas cheios de arrogância e prepotência, lutando para manter seus empregos e para tornarem-se notórios, satisfazendo sua vaidade pessoal e ignorando por completo a existência de uma inteligência superior. Citemos Albert Einstein em seu último artigo, "Science and Religion": "A minha religião traduz-se na minha admiração respeitosa por uma potência espiritual ilimitada que se revela mesmo nas coisas mais pequenas que poderíamos conceber com a nossa fraca e frágil razão, pela convicção profunda da presença de uma inteligência espiritual que se revela num universo incompreensível que constitui a minha representação de Deus."


A religião não precisa existir. Rogo pelo fim de todas elas. Isto não significa o fim de Deus para a humanidade. Muito pelo contrário, significa o reencontro do homem com a espiritualidade, com o Deus real.


Precisamos de um Renascimento. Para isso, será necessário o fim do capitalismo. o rompimento de suas relações escravizantes que visam o enriquecimento de alguns e vendem a falsa impressão de que trabalhamos para ter e que sua dignidade depende de sua capacidade de acumular riquezas.


Não há mudança sem dor. Neste momento, vemos sofrimento por toda parte, seja no plano econômico, político, social ou ambiental. Citemos como exemplos as catástrofes ambientais, o dominó das ditaduras árabes, os EUA de pires na mão, etc. Muitos acham ser o fim dos tempos. Outros tantos percebem, por trás de tudo isso, um doce cheiro de liberdade.
 Ainda há salvação para nossa gente. 
Após o caos, virá uma nova era, onde o logos será substituído pelo mythos. E aí, perceberemos que a verdade não se vê. A verdade está oculta.
 Resgataremos a dignidade pelo que se é e não pelo que se tem. 



sábado, 12 de março de 2011

DIA 26 DE MARÇO TEM MAIDEN NO MORUMBI!!!

Levei a galera para comprar uniforme! Dia 26 tem Maiden no Morumbi!!!


UP THE IRONS!