terça-feira, 22 de setembro de 2009

Que evolução é essa?

Biodiversidade consiste na grande variedade de seres vivos, presentes em uma área, abrangendo bactérias, fungos, vírus, animais, plantas, algas e protozoários. A manutenção dessa enorme massa de seres tão diferentes representa uma riqueza ímpar para a nação que a possui.

É nesta biodiversidade que encontramos princípios ativos para a produção de novos medicamentos, o que faz de locais como a Amazônia, verdadeiros tesouros a serem explorados. Entretanto, muito pouco foi feito, não só em termos de pesquisa, mas também no que consiste a preservação da floresta amazônica. Nosso descaso tem despertado o interesse de outras nações na exploração dos recursos da biodiversidade amazônica e, não raro ouvimos discursos ufanistas relacionados à proteção do território nacional, contrários a propostas de internacionalização da área. Porém, são raras as ações de implementação de políticas de desenvolvimento sustentável, pesquisa e proteção.

O desenvolvimento sustentável é uma alternativa interessante para que possamos aliar progresso e preservação. O ser humano pode e deve usufruir dos recursos naturais, desde que o faça de forma racional, não destruindo, mas repondo aquilo que é retirado. São políticas de desenvolvimento sustentável: o reflorestamento, a não poluição do ambiente, a manutenção das condições de vida das espécies naturais, o combate à matança indiscriminada de animais, etc.

Um segundo aspecto é a relação existente entre a destruição dos ambientes naturais e o aparecimento de pragas agrícolas e novas doenças (viroses, infestações bacterianas). Quando o equilíbrio das relações alimentares, estabelecidas pelas espécies naturais de um ecossistema, é alterado, muitos organismos são levados a buscar outras formas de sobrevivência, como novos hospedeiros em novos ambientes. Destruímos ao invés de preservar e criamos mais problemas para nós mesmos.

É sabido, há muito tempo, que a emissão desenfreada de poluentes vem provocando alterações climáticas cada vez mais agudas, prejudicando as condições de vida no planeta. Agora, começamos a dimensionar efetivamente a extensão desses estragos.

A região Amazônica tem passado por períodos de estiagem nunca vistos. Quando poderíamos imaginar ver seca no Amazonas? Isso tem provocado a morte de milhares de espécies e acabará gerando grave desequilíbrio ecológico. Há enormes áreas da selva em processo de desertificação.

Muitos ainda defendem que o progresso não pode ser emperrado para que se preservem os ambientes naturais. Mesmo com a evidente degradação do planeta e a deterioração das condições de vida, há quem não consiga enxergar a importância da preservação ambiental.

É difícil pensar em progresso e desenvolvimento quando, para alcançá-los, é necessária a destruição do próprio meio onde se vive e o extermínio inconseqüente de milhares de outras formas de vida. É inconcebível que o ser humano não tenha conseguido enxergar que seu papel era harmonizar o desenvolvimento evolutivo do planeta com suas características naturais.

Wagner Israel.

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